O Estado Islâmico e a Arqueologia

25/08/2015 14:13

 

        Mais uma vez o Estado Islâmico vem defender suas teorias religiosas e destruir patrimônios arqueológicos de profunda importância, tanto para os estudiosos desta área como historiadores, geógrafos, geólogos, etc. É descabível o que este grupo tem feito em nome da sua fé. 

        A questão da fé e o povo muçulmano ficam extremamente manchados e rotulados como se todos fossem adeptos a este comportamento vil e intolerante. Muitas vezes ouço que os muçulmanos na sua maioria cooperam para o terrorismo ou são terroristas. Com mais de 1 bilhão e meio de muçulmanos no mundo, se metade fosse de fato terrorista, o mundo teria entrado em colapso total. Devemos este entendimento simplista aos meios de comunicação, que abordam somente o lado hostil do povo. Espero que não façam isso com o Brasil lá fora. Há uma representatividade islâmica que deseja destruir templos e estátuas em nome do monoteísmo, a outra muito maior quer viver dignamente. Mal sabem os terroristas que a história quando permanece através das suas fontes legitimam ou derrubam ideologias. Neste caso, os templos em lugares muçulmanos legitimam o que aconteceu na transformação do povo árabe politeísta para o monoteísmo islâmico. Sem querer defender as práticas islâmicas, mas é passível de compreensão que houve mudança no povo. O fanatismo é que não permite que seja melhor expressada a fé. Aliás ser fã de algo não remete ao fanatismo, que é o descontrole e pouca compreensão sobre algo.

        No site do Café História, um artigo foi escrito para descrever a violência do Estado Islâmico contra o templo em Palmira, Síria. Leiamos abaixo:

 

O templo fica em Palmira, na Síria, considerado um patrimônio da humanidade pela Unesco, que na segunda-feira (24) classificou a ação como "um crime de guerra".A destruição foi uma semana depois de os terroristas decapitarem o arqueólogo Khaled al-Asaad. Ele se recusou a contar onde enterrou algumas relíquias da cidade para evitar que fossem destruídas.

 

 
O diretor de museus da Síria pediu ajuda internacional para retirar os terroristas de Palmira antes que a cidade desapareça. Especialistas dizem que o Estado Islâmico quer destruir Palmira aos poucos, para ter tempo de roubar e vender seus tesouros, provocar choque e indignação a cada monumento arrasado e usar a cidade, por enquanto, como refúgio temporário, já que ninguém, além dos terroristas, teria coragem de bombardear um lugar histórico.

 

www.cafehistoria.ning.com